quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O lápis encornado

A «caravana de circo» que é o futebol português, continua o seu caminho em ritmo alegre e festivo. Depois da animação da última semana, com publicação de escutas e vídeos, esta semana abriu com as declarações de Ruben Micael sobre os incidentes no túnel mais batido que a Avenida dos Aliados em noite de São João, aquando do jogo entre o Clube do Regime x Nacional da Madeira. Os diligentes orgãos de comunicação do Regime, trataram logo de apresentar as ditas declarações como uma novidade, muito provavelmente encomendadas pela sua nova entidade patronal. Um «atrasado mental» tê-las-ia, de facto, visto como algo novo, deliberadamente esquecendo que as denúncias que o Ruben Micael foram feitas pela primeira vez no dia em que os ditos incidentes ocorreram, já em Outubro de 2009. Feliz do povo que tem jornalistas que o «protegem» de notícias desagradáveis.

Ainda no seguimento de notícias desagradáveis, a Polícia Judiciária confirmou (finalmente) aquilo que há muito já se suspeitava: há cidadãos Portugal, aos quais a Lei não se aplica. São os Super-Portugueses. De acordo com dois ou três pasquins, a Câmara de Lisboa contribuiu com a bonita soma de 65 milhões de euros para os cofres do Clube do Regime - que mais uma vez se verifica, é como a pescada - e até aqui nada de novo. Só que o relatório da Inspecção-Geral de Finanças, que indica que houve irregularidades na facturação do Clube do Regime, resultantes da tal oferta, mas pelo visto não chega, na visão da PJ, para haver "responsabilização criminal".Ou seja, é fartar vilanagem que os Super-Portugueses, não têm de prestar contas à justiça comum. Como é óbvio, esta "notícia" carece de confirmação, pelo que os patrióticos orgãos do Regime, continuam em silêncio, deixando as calúnias para os pasquins ...

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